quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Remember me

Existem poucos filmes pelos quais me tenham comovido a ponto de chorar, mas aconteceu com este. Ao longo do filme fui acompanhada por uma tristeza inexplicável e melancolia, mas o final… Está extremamente trágico, mas ao mesmo tempo espectacular, espectacular porque transporta o observador para a situação, e faz pensar o que faríamos nessa situação. O facto de o romance entre Ally e Tyler começar com uma aposta é bastante comum entre filmes para jovens, mas o desenrolar desse mesmo romance difere bastante das circunstâncias comuns. Outro factor da história de bastante importância é o suicídio de Michael (irmão mais velho de Tyler), que ao completar 22 anos e ao ir trabalhar com o pai pôs termo a sua vida, Tyler nunca o perdoo por tal acto.
Mas o mais irónico da história é o facto de quando tudo se começa a encaixar, quando o Tyler faz as pazes com a Ally, quando o pai ganha consciência das asneiras que tem feito e começa a dar mais atenção aos filhos, quando Caroline se começa a adaptar á nova escola, quando Tyler vê as imagens dos irmãos e dele no computador do pai, a vida é lhe roubada numa das maiores tragédias do Mundo, o 11 de Setembro de 2001, perdoem-me o sentimentalismo, mas chorei, simplesmente por imaginar a dor daqueles que faziam parte da vida de Tyler, não por ter perdido o irmão, não por ter um pai complicado, não por não saber o que fazer ou seguir na vida, mas por lhe retirarem a oportunidade de escolha,
A primeira vez que Tyler disse que amava Ally, foi também a ultima vez que a viu…
E no fim disto tudo, Tyler termina dizendo isto:
“Whatever you do in life will be insignificant, but it’s very important that you do it ‘cause nobody else will. Like when someone comes into your life and half of you says: “You’re nowhere near ready”. And the other half says: “Make her yours forever”. Michael, Caroline asked me what would I say if I knew you could hear me. I said: “I do know. I love you. God, I miss you, and I forgive you”.”
— Tyler, Remember Me –

Complexidade da teoria do Peter Pan


Uma rapariga, de aproximadamente 5 anos, está sentada num poço, que dizem alguns, ser mágico, mas ela não o sabe. É bonita, Maria rapaz de aparência, usa calças de ganga larga, onde as extremidades estão sujas de lama, fruto de alguma brincadeira em poças proibidas pelos adultos, um dos joelhos está rasgado, talvez tenha subido a uma árvore para ver melhor o seu castelo de ar e vento, a camisola também está suja, de chocolate, a gulosa, no cabelo castanho claro, tem folhas secas, próprias da estação, é o que dá andar a construir castelos de folhas, o vento não gosta, e invade seus domínios, mas embora seu corpo mostre sinais de brincadeira, seus olhos apresentam tristeza, e uma gota grande e pesada pende dos seus olhos castanhos, e caí sem aviso na água límpida, mas ao mesmo tempo negra, do poço mágico, eis então que…
- Porque estás triste?
Por pouco a rapariga não caía dentro do poço, ao invés disso, caí para o chão, abismada pelo que vê, uma mulher, entre os 20 e 30 anos, bastante bonita, com um vestido negro, deixando a descoberto as costas bem desenhadas, sorri-lhe, está maquilhada, nota-se os traços efeminizados, usa brincos compridos e uma bonita pulseira em prata, com uma rosa desenhada numa medalha que desta pende, tem olhos negros e cabelos castanhos-escuros.
- Quem és tu? Que me queres? – Perguntou a rapariga assustada.
- Calma, eu sou tu, mas crescida, apareci pois estás sentada no poço dos desejos, e ao deixar cair a lágrima, pediste algo, o quê?
- Nada mais senão crescer, para me respeitarem – respondeu a inocente criança.
- É normal da idade, entre vós crianças, irá sempre haver desavenças.
- Estou farta que me critiquem, nada do que eu faça está correcto.
- Toda a tua vida haverá sempre alguém irá por as tuas ideias em questão.
- As outras meninas dizem que sou diferente, que pareço um rapaz…
- Isso mudará, com o passar dos anos, ficarás tão feminina como eu e ainda mais bonita. – E a mulher de modo doce, sorriu.
- Irei viver onde? Numa casa no campo, cheia de animais para brincar?
- Não, viverás num apartamento luxuoso, no centro da cidade.
- No centro da cidade? Mas isso é muito barulhento, e está sempre confusão, ao menos terei um cão?
- Não, mas terás uma televisão maior do que tu.
- Eu não quero nenhuma televisão maior do que eu, senão não consigo chegar aos botões. Que fazes durante o dia? Brincas? Jogas com os teus amigos? Comes bolo? Vês desenhos animados o dia todo?
- Não, nós trabalhamos, o dia todo, não temos tempo para essas coisas, o trabalho é muito importante, e duro, não tenho tempo para cozinhar, tenho dinheiro suficiente para ir todos os dias a um restaurante.
- Vais a que restaurante? Ao Mec? Os outros não gosto, só gosto da comida da minha mãe, ela começou ontem a ensinar-me a fazer feijoada, mas acho que me perdi na parte da cenoura e da chouriça.
- Não, não vamos ao “Mec” mas aos restaurantes 5 estrelas, dos melhores que há, e em casa, temos máquinas que lavam a roupa, a loiça, por nós e uma empregada que nos limpa o pó da casa.
- Mas eu gosto de limpar o pó, divirto-me a andar debaixo da cama. Esses restaurantes não valem nada, paga-se um balúrdio por uma colher de puré e uma coxa de coelho que só se vê os ossos, sem falar do homem com cara de mau que se põe atrás de mim a ver se como tudo, sim porque não vejo o que esteja a fazer, a não ser isso…
- Minha querida, és tão inocente, tens tanto para apreender, e descobrir, vais crescer, e tornar-te como eu, e vais gostar.
- Vou ter liberdade, e sair com os meus amigos todos, e como tenho uma casa assim tão boa, convido-os a viverem todos comigo, e assim seremos felizes para sempre, e faremos farras todos os dias. – ao dizer isto a criança sorria, de uma maneira inexplicável.
- Mas tens que trabalhar, não podes ter farras todos os dias.
- Hum está bem, fazemos só aos fim-de-semanas.
- Mas mesmo assim eu tenho a minha vida, a minha casa está organizada, não posso levar essa gente toda para lá…
- Está bem, eu resolvo o problema, eles ficam no quintal, sim porque se tu és eu, temos de ter um quintal, constrói-se uma enorme cabana, e depois subimos á árvore e cantamos como se fossemos macacos.
- Estás doida? Pareces uma selvagem, claro que não, quintal? Mandei destruir para construir uma garagem. Alem disso, tenho de tratar do meu menino.
- Menino? – Os olhos dela iluminaram-se – tens um bebé? Como se chama? E o pai? É aquele rapaz do segundo ano da turma do Henrique? Eu gosto dele vai para uma semana e meia, nunca gostei de alguém tanto tempo. 
- Aí miúda, tu dás cabo de mim, já não me ria tanto, há imenso tempo. O meu menino é o meu BMW, percebeste? E quanto ao pai? Meu Deus tenho mais que fazer do que me amarrar a um homem, são piores do que crianças, a maioria só se quer aproveitar de ti. O que fazemos, é seduzi-los e depois divertimo-nos com a capacidade inofensiva que cada um para se arrastar aos nossos pés, e quando nos cansarmos, mudamos de número de telemóvel. Já agora, que roupa é essa? Credo agora que reparo, os teus cabelos estão tão desgrenhados, pareces um rapaz a falar e estás toda suja, já não me lembrava de andar vestida assim. Porque andas assim? Não tens vergonha, é normal que nenhum rapaz goste de ti…
- Prefiro ser assim a ser igual a ti.
- O quê? O que estás a dizer? Miúda insolente.
- Posso não ter as tuas jóias, mas não penso como tu.
- Ah? Explica-te, o que queres dizer?
- Prefiro ser criança, para sempre, e não crescer. Prefiro ficar assim, a ser como tu, és fútil, não tens cão, és aborrecida, bonita, mas egoísta, só pensas em ti, apenas vives para o trabalho, és adepta do menor esforço, e duvido muito que tenhas amigos.
-É claro que tenho amigos, isso nem se pergunta.
-Quem? Nomeia-mos!
- Bem, tenho o… a… quer dizer… assim de repente… hum… dá-me tempo… eu vou me lembrar… mas…
- Vês? Esqueceste-te da quão aventureira podes ser, da adrenalina que sentes quando sobes a uma árvore, do sabor do vento, da água que acaricia a tua pele, de um por do Sol ao lado dos teus amigos, eu não quero crescer, quero ficar assim, e ser feliz, com a minha inocência, com a minha ignorância, mas continuar a ser divertida.
- Não faças isso, não sabes o que vais perder, o Mundo fantástico ao teu redor, onde tudo o que desejas se realiza, posso não ter amigos mas tenho o resto, nada material me falta.
- Tudo o que desejo é ser feliz, e tu alteras-te esse sonho, tu és uma mulher sem sonhos, tenho pena de ti de que serve ter tudo o que desejas se nem tempo tens para o gozar, de que serve ter uma casa luxuosa senão a podes dividir com ninguém, não quero crescer, mas se crescer de certeza que não vou ser como tu...
E com isto a menina foi embora, correu para os amigos que a procuravam, a mulher caiu no chão e as lágrimas correram, correram de tal modo, que dali se fez a fonte do poço.
A menina cresceu, mas optou pelo mesmo caminho com ideias diferentes, não perdeu os amigos, teve 3 bonitos filhos e foi feliz, e um dia, um dia destes, visitou a fonte, mas esse texto, é uma outra história… J

Fenix da vida

O fogo é algo gélido, comparado com o ardor do ódio compulsivo e indisfarçável, penetra na mente humana como uma erva daninha e danifica tudo o que existe de bom dentro de nós, boas recordações, amizades passadas, tudo é envolvido numa cinza permanente e mortiça, sem qualquer sinal de vida, uma personificação barata, mas talvez a mais próxima das trevas do mundo obscuro.
Mas o mais belo de todos os fogos, é o renascer das cinzas, com uma Fénix elaborada para aquele momento perfeito e indescritível, sem barreiras ou leis que a impeçam de ser quem é, essa sim, é das proezas mais belas que o mundo tem, sem qualquer inquietação pelo mundo que o rodeia, apenas preocupar-se com o irromper á superfície no meio do caos, apenas porque nasceu tornar-se a mais belas das coisas nem que seja por uma fracção de segundo, e tudo a nossa volta se torna fundamental para a clareza da mente humana.
O fogo consome as veias, o poder explora-nos a mente, e a vontade envenena-nos o coração, querer ser algo, querer ser alguém, querer ser mais e melhor, é isso que nos torna a máquina do mundo, que nos coloca no topo da cadeia alimentar, que nos impele a subir mais alto e a ser o que hoje somos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Reflexão ao texto de crítica de imagem


Penso que poderia ter aprofundado uma ligação mais óbvia entre as imagens apresentadas e o texto argumentativo, utilizando-as como exemplos. Outro dos factores que poderia ter modificado era dar mais premissas e menos modelos.
Ao ler o meu texto, embora a conclusão esteja relacionada com as premissas, poderia realçar ainda mais essa ligação, dando maior ênfase ao erro que as pessoas cometiam ao enjaular os animais.
Outra das coisas que poderia melhorar era dar a devida justificação às premissas, enriquecendo o texto, e adoptando o esquema apresentado na aula.
Outro dos erros que cometi foi ao apresentar a conclusão primeiramente, acabando com uma sugestão algo similar a uma conclusão, embora disfarçada, ficando assim com duas conclusões, uma no início e outra no fim.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reflexão sobre o plano de trabalho de Semestre


Sendo da minha opinião que o meu plano não está péssimo, também não atingiu os níveis de excelência esperados, logo é um objectivo a atingir, sendo que despendi cerca de 3 horas no primeiro esboço (a minha prática com o Excel não é deveras a melhor) e 2h30 no produto final.
O meu plano de trabalho tem realismo, embora seja difícil de aceitar, devido ao número elevado de horas dispendidos na tarefa de estudar, e aí reside um dos meus erros, não especificar as matérias pelas quais recai esse estudo, algo que irei mudar para a próxima avaliação do PTS.
As actividades não são muito variadas, mas correspondem a realidade, que no meu ponto de vista é o mais importante. No meu plano de trabalho as prioridades centram-se nas semanas anteriores aos testes, e trabalhos a realizar, sobretudo na disciplina de projecto multidisciplinar. A distribuição de tempo encontra-se bem repartida, basta apenas especificar melhor. A nível de ajustes irei elaborar uma capa, algo que não tinha no meu PTS, na introdução irei referir quais as prioridades e preocupações, assim como as regras em que me baseei para realizar este mesmo plano. Outra das coisas que pretendo agregar, é uma visão semestral, mas ligeiramente diferente á apresentada na aula prática, indicando a tarefa mais importantes desse dia, ou seja, uma visão semestral baseada nas prioridades. Na legibilidade ainda irei ponderar, visto que não sei a estratégia a adoptar para a resolução deste problema, sendo que na minha opinião o plano é bastante legível devido ao facto de ter escrito no interior de cada célula o seu siginficado.
Uma das sugestões que irei seguir é a dos marcadores dando informação adicional a quem visualizar o meu plano. Outra será a utilização de uma folha de cálculo com as datas mais importantes do semestre atribuído também cores aos separadores.
Em suma, penso que no final dessas modificações o trabalho terá outra apresentação e consequentemente uma melhor avaliação.

Reflexão sobre o texto argumentativo “O que é belo?”

Um dos problemas do meu texto foi a falta de justificação das premissas e a inexistência de ligação entra as premissas e a conclusão
O meu texto inicia-se com uma premissa, mas a escrita encontra-se um pouco baralhada, logo na correcção abaixo, tentei simplificar a escrita e elaborar um pouco mais a minha ideia primária, justificando a mesma. De seguida dei um exemplo de dois tipos de visões diferentes passando depois para a segunda premissa, justificando-a convenientemente. Terminei com uma conclusão que segundo o meu ponto de vista se encontra relacionado com as premissas, algo que anteriormente não estava.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O que é belo?

Esta discussão é tão antiga e variável como o número de personalidades que emerge diariamente à superfície da Terra. Pessoas nascem diariamente e como todas são diferentes: as suas crenças, costumes, hábitos, gostos, modas, e até o que lhes dá prazer, varia consoante o ambiente e a predisposição genética a que cada um está condicionado. Estes condicionalismos abrem uma porta para uma imensidão de “gostos” que mudam de geração para geração, sendo portanto imensa a discussão acerca de “o que é belo”.
A beleza (comum) refere-se a determinados parâmetros físicos, muitas vezes relacionados com o estilo de vida e gostos da pessoa que a está a avaliar, e está associada ao senso comum. Este “modelo” que se criou depende não só do estilo de vida e dos gostos como também do local onde nos encontramos, das suas tradições e costumes.
 “O que é belo?”: um pôr-do-sol à beira-mar, ou a vista do centro da cidade do Porto em hora de ponta? Se fosse Álvaro de Campos de certeza que escolheria a cidade, embora a sociedade em geral preferisse a vista do pôr-do-sol.
O que é belo difere de pessoa para pessoa, assim como não existem dois indivíduos com ADN igual, não há pessoas iguais, nem pode haver uma definição de belo geral, que agrade a todos em qualquer sociedade.
Em suma, devido à alargada variante de personalidades e condicionantes, não é possível haver uma definição de belo geral, visto que isso varia de pessoa para pessoa.